Esquentar a cabeça?

Desde a última semana, e também hoje, tive uns pepininhos (de ordem profissional) para resolver. Ainda que seja difícil, encaro como oportunidades de aprendizagem, pois me fazem refletir, auto-conhecer, tomar decisões, e seguir. Não se pode esquentar demais a cabeça, pois preocupações e aborrecimentos se somatizam e viram doenças. Esquentar é coisa de fogão, e aí está o que uso aqui. Não é um charme?

102ºF

No lab, rotina. Faço a mesma coisa todos os dias. Semana que vem isso muda, e inicio outra etapa do trabalho. Mas aí passo mais uma semana (e meia?) noutra rotina. Por mais que eu esteja sem assunto e falar de tempo seja boring, não tem como não contar: Ontem escaldou... ali pelas duas da tarde fez 102ºF, ou 38,8ºC... agora eu estou emagrecendo via evaporação, kkkk!  Veja como fica o solo por aqui. Eles costumam alagar os terrenos e jardins, para tentar salvar a vegetação. A foto é do meu quintal. Certamente, num dos dias de alagamento, o cachorro do vizinho passeou por aqui (ver pegadas). Numa outra oportunidade envio foto dos alagamentos. Bju povo!

Semi-atropelado

Finalmente uma novidade: fui semi-atropelado. Eu voltava do supermercado para casa, de bike, com as sacolas penduradas. Num cruzamento, vinha uma caminhonete, devagar, e tinha a placa de "STOP" na direção dela. Além disso, eles costumam parar para ciclistas e pedestres, independente de placa. Não foi o caso. Eu atravessei e a caminhonete continuou na mesma "toada" (por sorte, devagar). Durante o meu "atravessar", por milésimos de segundos eu olhava e pensava: "Caraca, esse carro não vai parar?"... sei que desviei a bike pro lado, gritei "heeeeeeyyy", mas a caminhonete ainda pegou na minha roda traseira. Felizmente nada aconteceu, foi somente um "esbarrão". O motorista fez cara de apavorado e gestos de "desculpa". Hoje é aniversário da minha irmã, Francielle, para quem mando um beijão mais que especial, com muito amor e carinho.   = )

Cesta!

A temperatura está amena... quente, mas não fervendo (como sexta passada). O dólar é que não pára de subir e minha conta bancária está beirando o zero. Estou querendo muito assistir o play off de basquete entre Los Angeles Lakers e Phoenix Suns, mas falta o dinheiro (tem ingresso por até 2 mil dólares!) e o tempo. São sete jogos, já aconteceram quatro, e cada equipe venceu dois embates. Tenho trabalhado de dez a 12 horas por dia, oito das quais sem intervalo. Nesse ritmo, preciso fazer uma cesta de 3 pontos!!! Por falar em basquete, não é tão comum, mas vez ou outra se vê uma cesta no quintal de alguma casa, como vemos em filmes e seriados norte-americanos.

Temperatura e dólar sobem!

Enquanto vocês curtem o "inverno" brasileiro, o verão desértico faz juz por aqui. Sexta fui ao "post office" na hora do almoço... 37,2ºC (99ºF)!!! A temperatura está subindo diretamente proporcional ao aumento do dólar... meu money tá acabando... pobre e nesse calor não dá! Na mesma sexta, cheguei em casa às 21h... parecia uma sauna. O termômetro do ar condicionado indicava que no interior da casa fazia 91ºF, o que é mais ou menos 32ºC. Diz que conversar sobre o tempo/clima é falta de assunto. Pior que estou mesmo sem novidades. Hoje foi aniversário de mais uma filha do Navdeep, chama-se Navnoor (5 anos). Dei de presente um conjunto escolar: agenda, caneta, régua e adesivos de personagens da Disney. Ela colou os adesivos por toda a casa, kkkkk. Tenham uma semana mega plus totally!

Como o trem que passa...

Voltei! No início do blog, minha intenção era escrever, diariamente, uma notícia, uma curiosidade, um acontecimento. A vida surpreende, e mostra sua inconstância. Ela é dual, tem altos e baixos, dia e noite, alegria e tristeza, trabalho e preguiça, novidade e rotina. É como um trem que passa, ele vem e se vai... ele tem os seus vagões, unidos, uma coletividade. Incentivaram-me a fazer esse blog: Nando, Fer Torres, Flávia. Deu certo! É individual, mas sobrevive pois há leitores, tornando-o coletivo. E mais, acredito que a experiência do "Living & Le@rning" estimulou o surgimento de outros blogs. Ontem entraram no ar dois, uma da minha irmã e outro do pessoal do lab (Bloco A). Meu irmão também planeja reestruturar seu blog de esporte/futebol, com pitadas de ousadia. Escrever é saudável, diverte, informa e, no ato da expressão, temos a chance do auto-conhecimento. E por falar em trem, taí ele passando, a duas quadras da minha casa... nunca sei quando ele vai voltar, mas sei que ele volta!

Cadê o Francis?

Desculpe a ausência, motivada pela falta de assunto e fotos. Mas a última sexta foi tumultuada. Minha mãe voltava de Brasília para Ituiutaba de quinta (portanto não nos falamos) para sexta. Na sexta ela não viu post no blog e nem mensagens no e-mail. Ficou preocupada, ligou para minha amiga Bárbara, que entrou em contato com o Navdeep. Eu não fui ao lab pela manhã e o Navdeep pôs-se a me procurar. Na hora do almoço daqui falei com minha mãe, mas já eram 16h no Brasil. Tarde demais, o Navdeep já havia manifestado minha ausência por todo o andar de laboratórios e saiu em minha busca. Enquanto eu estava a caminho da Universidade, ele estava a caminho da minha casa. Encontrou a Mary (dona da casa), que também ficou assustada. Ele foi então ao St. Luke Hospital e ligou em mais três outros. Quando cheguei ao lab, percebi as pessoas preocupadas, perguntando como eu estava de saúde etc., mas não comentaram sobre o Navdeep. Fui para o meu canto, um lugar isolado dentro do laboratório onde tem um espaço adequado para trabalhar com produtos tóxicos. O Navdeep voltou ao lab, mas não checou tal "cantinho". Pelo que entendi, os que me viram naquela tarde não o encontraram depois ou não relataram minha presença no lab. Às 8pm nos "encontramos" no skype e só então tudo se esclareceu. Se viver é aprender, todos devemos tirar lições. Hoje recebi a triste notícia do falecimento de um grande e velho amigo, Reinaldo, meu vizinho em Ituiutaba. Nos últimos anos tivemos pouco contato, mas tenho a lembrança de um homem trabalhador, sereno, educado e bem-humorado. Registro minha homenagem ao "Nadin", com uma abelha polinizando uma linda flor (fotografada na Califórnia). A imagem recorda o campo, seu ofício. É também um sinal de perpetuação, de continuidade, que seja para além das estrelas, em dimensões que somos incapazes de compreender. Envio abraços aos meus amigos: sua esposa, Luzia Regina, e filhos, Max e Pat. Assim é a vida, uma hora "sumimos", mas os reencontros sempre existirão. 

Take care!

O lugar é atraente, mas é um hospital (Tempe St Lukes Hospital), e essa noite fui para lá às 3 da madruga. É o mesmo em que fiz uma consulta dias atrás. Não conseguia pegar no sono, uma tosse noturna incontrolável. Agasalhei-me e fui de bicicleta. A cidade estava deserta, os bares sempre fecham até às 2am. Viaturas e policiais nas ruas, o que me tranquilizou. A opção era ser atendido no setor de emergência. Tentei certificar-me com a recepcionista de que meu seguro-saúde cobriria as despesas. Ela me disse algo convincente: "O importante é passar por um médico, certo?", sem me responder a pergunta sobre o seguro. O atendimento foi bom, exames triviais e raio-X da área do pulmão. Fiquei umas 3 horas lá, enquanto aguardava meu atendimento, eles me colocaram numa maca bem confortável. Cochilei. Deveria ter levado a máquina e pedir uma foto, rsrsrsrs. O que era virose agora é uma alergia e uma bronquite aguda. O seguro cobriu parte das despesas, que ficou em quase 300 dólares. Mas a maior parte sobrou para mim (187 dólares). Não faço idéia se o seguro vai me reembolsar esse "extra". Não pára por aí... dois medicamentos que, com desconto, ficaram em 116 dólares... até os farmacêuticos se espantaram com o valor. Estou contando tudo isso para terem uma noção de como as coisas funcionam por aqui. Achei caro sim e estava fora do orçamento. Mas dinheiro serve para se cuidar e o investimento foi válido. Tô numa fase "take care"!

\o/ Amigator

Para os que acompanharam um post anterior (ver 18 de abril), conheceram o "Amigator" (foto). Eu aqui ralando, doente, e o "cara" já foi em três baladas desde que foi criado (menos de 1 mês de vida). Como uma "cabeça de isopor" pode ser tão feliz? Aí é que está o segredo: o desejo, o propósito, algo maior! Ele foi criado para trazer alegria, ele pensa positivo, ele está em sintonia com o universo \o/ ... Eu acredito muito que nosso cérebro é capaz de receber ordens. Na verdade, ele dá a ordem e nos faz cumpri-las. Não se pode cultivar conflitos, tem que dizer em pensamento e, se possível, em voz alta: EU POSSO, EU QUERO, EU CONSIGO, EU SOU CAPAZ! Pensamento é matéria. Se você pensa positivamente, as "coisas" acontecem, se transformam, se materializam... mas somente no "tempo certo". Enquanto isso, há pedras no caminho. Essas fazem parte da trajetória e dão gosto quando as vitórias finalmente chegam. Por outro lado, o desânimo e o pessimismo só adiam tudo. Se pensa negativo, nunca chega a hora, pois nada se materializa. Tenhamos em mente as dificuldades, mas lembremo-nos: essas servem somente como lições! Não são para cultivar, são apenas para ensinar!

Por aqui, faço tudo para acertar, quero fazer o meu melhor, é esse o meu desejo real. Não há problema algum em fazer algo bem feito, há? Pois bem, de tanto querer, de tanto me esforçar e quebrar a cabeça para planejar os experimentos, a chefe finalmente entendeu meu raciocínio. Ela voltou atrás das críticas e disse um simples e confortante: "Looks good!".

Vamos em frente... continuemos tocando o árduo, mas emocionate, barco de nossa existência!

Estresse

As doenças, muitas vezes, resultam de queda da imunidade e estresse. Acho que é o meu caso. Minha tosse persiste, e começa ali pelas 18h47. Continua até eu pegar no sono (o que tem demorado muito) e volta assim que eu acordo. Passo o dia bem, e o ciclo retoma ao fim da tarde. Faz mais de uma semana que estamos planejando experimentos. Não posso negar o quanto tenho aprendido, mas cada vez que envio por e-mail um planejamento para a chefe, já fico na expectativa de novas críticas. Ela sempre acha uma falha. A foto é no aeroporto de Sacramento, capital da Califórnia. Fica em frente à esteira de bagagens. Um amontoado de malas antigas, bastante original. Acho que preciso de férias.... Califórniaaaaaaaaaaaaaaaa...

Para as Mães, com meu amor!

Tento ser um bom filho, mas acho que permaneço nas tentativas. Reclamo, cobro, corrijo, brigo, critico... acho que há muitos semelhantes a mim espalhados mundo a fora, rsrsrsrs. Talvez nesse conflito resida o significado do amor materno, que sobrepõe-se às incertezas, aos medos e às fragilidades da prole. Ainda que disfarcemos, MÃE é pra toda hora. Em situações difíceis, lembramos imediatamente de Deus e de nossas mães, ambos sinônimos de amor e força. Parabéns para as mães: mana Francielle, cunhada Daniela, Vovó Tereza, Vovó Maria Abadia, Tia Celeida, Tia Regina, Tia Asniv, Tia Rut, Madrinha Dalila, Dona Divina, Dona Maria, Silvana, Lucelaine, Primas, Amigas, Professoras, Mães et al.

Mãããããããããe (todos um dia já gritaram assim ao menos uma vez)... minha ROSA, te amo!

Califórnia 4

Estou começando a entender porque falam tanto do calor de Tempe. Saí do lab às 5pm e a sensação era do um sol ao meio-dia... aff...!  Mais Califórnia: a viagem terminou em São Francisco. Com exceção da arquitetura estilo vitoriana, lembra muito São Paulo. A Golden Gate impressiona e, para ter noção do tamanho, vejam dois trabalhadores em destaque perto do ápice de um dos pilares. Da ponte se vê o ex-presídio de Alcatraz (não está na foto), hoje ponto turístico, mas não tive tempo de conhecer. Passamos no Museu de Artes, com uma praça maravilhosa ao redor. A cidade é repleta de ladeiras. Tirei a foto no alto de uma e, do outro lado ao fundo, também no alto de uma ladeira, se vê a Coit Tower.  Também visitamos a Prefeitura e uma cidade vizinha, Salsalito, pequena e requintada, com mansões sobre o morro e lugares e visões fantásticos.

Califórnia 3

A "virose" vai dando adeus e já me sinto melhor. A aventura na Califórnia continuou estrada a fora. Na foto, o carro que alugamos por 21 dólares por dia, acreditam? Com GPS a bordo e informações de rodovias ou cidades, encontramos tudo, sem qualquer dificuldade. Passamos por St. Helena e Calistoga. Chegamos a Geyserville e encontramos esse hotel, bem rústico. O almoço do dia seguinte foi acompanhado de champagne com suco de laranja, drink cujo nome eu me esqueci. Vi esquilos, mas não me deram tempo para fotografá-los. A região é repleta de flores silvestres, magníficas. Encontrei um inseto atípico e cliquei-o.

Califórnia 2

Essa noite dormi mal, muita tosse e falta de ar. O ar está seco, o calor se instalou! Por ser deserto, a noite  atemperatura cai. Variações climáticas sempre me adoeceram. Resolvi testar meu seguro saúde. Fui num hospital e me consultei. Atendimento trivial, como no Brasil, incluíndo a demora. A médica foi muito simpática, conversou pausadamente, para que eu entendesse suas recomendações. O pior foi ouvir o de sempre: "virose", kkkkkkkkk. Voltando a Califórnia: almoçamos e passamos uma tarde toda em Yountville. Um vilarejo muito atraente, com casas luxuosas, limousines (não fotografei), cafés, restaurantes de alta gastronomia, pessoas aparentemente ricas, madames com cachorros e, claro, os turistas.

Califórnia 1

Vou relatando aos poucos a viagem para o norte da Califórnia. Fernando e eu partimos de carro alugado para os Vales de Napa. O relevo é acidentado e a vegetação diversificada. A estrada: uma pista simples, sem acostamento e sem locais para ultrapassagem. A velocidade permitida era 35 milhas por hora, que equivale a menos de 60 km/h. Tudo te convida para um passeio calmo, em que se aprecia a paisagem a todo instante. Mas, de tanta curva, tive dor de cabeça e início de enjôo. Aproximando-se da cidade de Napa, surgem os vinhedos. As videiras (ou parreiras) estavam crescendo, com colheita prevista para agosto. Os produtores possuem lojas de degustação, onde também se observa como o vinho é processado e armazenado. Hoje um beijo super especial pelo aniversário da "Ana Durva" e da "And Vanessa".

Natália: feliz aniversário!

Parabéns Nat, pelos 6 anos. O Tio Francis deseja muita paz e muita saúde. Que você continue sempre inteligente, meiga, e cativando cada um dos que te conhecem. Te amo muito, muito, muito!

Mês II - Brindando a vida

Tive dias muito agradáveis e felizes no norte da Califórnia, na companhia do meu amigo do Brasil, Fernando (atualmente morando em Davis). Alugamos um carro e seguimos para os vales e vinícolas da região. Paisagens encantadoras, lugares únicos! Foi, sem dúvida, uma comemoração em grande estilo pelos meus dois meses de EUA. Vivendo momentos que variaram do sofisticado ao simples, consegui transpor a barreira do imaginário, e o que parecia sonho tornou-se realidade. Partir para uma aventura pode trazer insegurança e ansiedade, mas o aprendizado é certo quando nos permitimos e vamos em direção ao desconhecido. Cada dia mais percebo minha pequenez mas, perseverante, não vou me conformar e pretendo continuar buscando além dos meus limites.